terça-feira, 21 de novembro de 2017

Como funciona um forno de microondas

Posted: 28 Jan 2017 02:31 AM PST

A praticidade que o microondas trouxe para o nosso cotidiano é incontestável. Entretanto, poucas pessoas entendem, de fato, como funciona este fantástico aparelho. Que tal dar uma olhada nesse funcionamento? Afinal, o Enem adora cobrar dos seus participantes o conhecimento de diversas situações do nosso cotidiano.
Então vamos lá!
Antes de tudo, da maneira mais resumida possível, podemos dizer que o forno microondas transforma energia elétrica (fornecida pela rede elétrica) em energia térmica. Mas certamente a parte mais interessante é entender como que essa transformação ocorre.
A base para compreender o funcionamento do microondas é entender como uma onda eletromagnética pode aquecer diversas substâncias. Esse fenômeno é relativamente simples: algumas substâncias são formadas por moléculas polares, isto é, moléculas que apresentam polos dielétricos. Essas moléculas, quando transpassadas por ondas eletromagnéticas, tendem a alinhar seus polos dielétricos. Agora imagine uma emissão de ondas eletromagnéticas em diversas direções… isso certamente causaria uma agitação dessas moléculas, correto? E conforme já vimos anteriormente (clique aqui e acesse o artigo sobre temperatura), aumentar o grau de agitação de moléculas de um corpo nada mais é do que aumentar sua temperatura.
E agora a boa notícia! As moléculas da água (certamente a substância mais comum nos alimentos) são extremamente polares! Portanto, esse é o principio do funcionamento do microondas. Ele cria inúmeras ondas eletromagnéticas em diversas direções e sentidos, as quais agitam as moléculas de água e que, consequentemente, esquentam o alimento como um todo.

Agora, observe a figura abaixo que resume bem os componentes de um micro-ondas.

O astro principal do microondas é, sem dúvida alguma, o magnetron. Esse equipamento recebe, de um transformador (fonte de energia), uma tensão fixa de cerca de 400 volts e gera, através da vibração de elétrons de suas cavidades ressonantes, ondas eletromagnéticas de 2.450 GHz dentro do aparelho. Essa frequência (2.450 GHz), que é inclusive menor do que a luz visível, é a mesma de ressonância das moléculas de água. Essas ondas emitidas pelo magnetron para dentro do microondas são refletidas pelas paredes metálicas do aparelho e incidem inúmeras vezes no alimento, fazendo vibrar as moléculas de água, conforme explicado anteriormente, aquecendo o alimento. O prato giratório apenas garante uma incidência homogênea de ondas.
Podemos então dizer que, diferentemente dos fornos convencionais, o microondas aquece os alimentos “de dentro para fora”, através da agitação das moléculas de água.

sábado, 11 de novembro de 2017

Extinção de dinossauros foi azar

Extinção de dinossauros foi 'azar', diz estudo

Especialistas afirmam que asteroide atingiu a Terra quando espécies estavam fragilizadas por outros fatores.


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A extinção dos dinossauros se deu graças a uma trágica conjunção de fatores, segundo um estudo publicado na revista especializada "Biological Reviews". Várias espécies atravessavam um período de fragilidade quando um asteroide atingiu a Terra há 66 milhões de anos.

Fatores como elevação dos níveis do mar e alta atividade vulcânica já vinham reduzindo algumas populações de dinossauros. O estudo reuniu 11 especialistas britânicos, canadenses e americanos para avaliar as mais recentes descobertas sobre a extinção dos gigantes de sangue frio."Os acontecimentos formaram uma tempestade perfeita no momento em que os dinossauros estavam mais vulneráveis", afirmou à BBC o estudioso Steve Brusatte, da Universidade de Edinburgo. 'Cadeia alimentar robusta'Brusatte disse que se o choque do asteroide tivesse ocorrido 5 milhões de anos antes, as chances de sobrevivência dos dinossauros seriam maiores, uma vez que os "ecossistemas eram mais fortes, mais diversificados" e a "base da cadeia alimentar, mais robusta".Segundo o especialista, populações de dinossauros tiveram diversas altas e baixas ao longo da sua existência, mas sempre se recuperaram. "Se eles pudessem ter tido alguns milhões de anos a mais para recuperar a sua diversidade, teriam tido chances maiores de sobreviver ao impacto do asteroide."Foi a extinção dos dinossauros que permitiu a evolução de outras espécies, como mamíferos. Por isso, Steve Brusatte diz que se o asteroide não tivesse atingido a Terra naquele momento histórico, o mundo seria provavelmente dominado por dinossauros até hoje.
Dinossauros inteligentes
Mais que isso: o especialista acredita que, se tivessem continuado, "certamente é possível" que os dinossauros tivessem desenvolvido inteligência. A hipótese, no entanto, é minimizada por outro especialista, o professor Simon Conway-Morris, da Universidade de Cambridge.
Conway-Morris afirma que o experimento evolucionário sobre a inteligência dos dinossauros já aconteceu. "Nós os chamamos de corvos", brincou.


Segundo as evidências científicas, as aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros - e nem assim um dos pássaros mais inteligentes, o corvo, atingiu o nível de inteligência dos seres humanos.
Conway-Morris acredita que, mesmo sem o fatídico asteroide, os dinossauros não teriam sobrevivido até os dias de hoje, porque outros grupos de animais teriam desenvolvido inteligência e passado a usar ferramentas. "Deste momento em diante, os dinossauros teriam virado pó", afirmou.
BBC