A hidrostática é um assunto muito cobrado em muitos vestibulares, principalmente no Enem. Após estudarmos seus conceitos básicos, nesta matéria veremos a Lei de Stevin. Antes, vamos apresentar brevemente seu criador e os seus conceitos.
Simon Stevin (1548–1620) foi um importante físico, matemático e também engenheiro. Nascido em Bruges, localizada na atual Bélgica, Stevin possui feitos importantes em vários campos, porém na física suas obras concentram-se em dois deles: a estática e a hidrostática, sendo esta última tratada hoje.
Seu teorema é utilizado para que seja possível calcular a variação de pressão em função da variação de altura em um fluido, como aquela pressão que sentimos no ouvido quando mergulhamos em uma piscina profunda por exemplo. Vamos compreender suas deduções na sequência do texto.
Dedução da Pressão de uma Coluna Líquida
Lembrando que:
Nesse caso a força é o peso, ou seja, massa multiplicada pela gravidade:
Sabemos que:
m = µ ∙ V (sendo m = massa, µ = massa específica e V = volume)
Para saber mais sobre massa específica, veja este artigo.
Substituindo a massa temos:
Assim a pressão no ponto 1 em uma coluna de água é dada por:
Observação: h é a profundidade do ponto e g corresponde a aceleração da gravidade, de 10 m/s2.
Líquidos em equilíbrio exercem forças normais contra as paredes do recipiente em que estão contidos.
Diferença de pressão em um líquido em equilíbrio
Para haver diferença de pressão entre dois pontos em um líquido em equilíbrio é necessário que esses dois pontos estejam em alturas diferentes.
Pontos mais profundos de um fluido tem pressão mais elevada pois tem mais fluido, ou seja, maior peso sobre eles.
A figura acima é de um recipiente contendo um fluido qualquer. Entre os pontos 1 e 2 existe uma diferença de profundidade (h). Nos pontos 1 e 2 temos a pressão exercida pelo peso do fluido além da pressão atmosférica.
Pressão no ponto 1:
P1 = pressão atmosférica + μ ∙ g ∙ h1
Pressão no ponto 2:
P2 = pressão atmosférica + μ ∙ g ∙ h2
A diferença de pressão entre os dois pontos é dada por:
P2 – P1 = P atm + μ ∙ g ∙ h2 – (P atm + μ ∙ g ∙ h1)
Consequências da Lei de Stevin